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Cardiopatias Congênitas

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Cardiopatia Congênita é uma doença do coração presente desde o nascimento ou da vida intra-uterina. A maioria das cardiopatias congênitas acontece por má formação (ou defeito) de uma ou mais estruturas do coração. Ela acomete cerca de 1 a cada 100-120 recém nascidos.

Geralmente, a cardiopatia congênita ocorre isoladamente, sem ter um caráter hereditário, ou seja não sofre influência da herança genética do pai o da mãe do paciente acometido. Entretanto, existem algumas cardiopatias congênitas como a comunicação interatrial e as lesões obstrutivas do ventrículo esquerdo (síndrome de hipoplasia do coração esquerdo, estenose aórtica, coartação da aorta) entre outras que podem ser ocasionalmente observadas em diferentes gerações da mesma família, tendo um aspecto hereditário e recorrente.

As cardiopatias congênitas podem ou não (na maioria das vezes) estar associadas a síndromes genéticas, que são doenças decorrentes de falhas no desenvolvimento dos cromossomos humanos, como a síndrome de Down (mongolismo) entre outras. Além disto, a cardiopatia congênita pode estar acompanhada de outras má-formações em outros órgãos ou sistemas, como o renal em especial ou neurológico. Existem inúmeras formas de cardiopatia congênita e as manifestações clínicas de cada uma delas vai depender dos detalhes anatômicos qua acompanham os defeitos.

Neste site o leitor irá encontrar um descrição sucinta acompanhada de um diagrama das principais cardiopatias congênitas.

Quais os sinais e sintomas das cardiopatias congênitas?

Sopro Cardíaco: O sopro cardíaco não é necessariamente uma doença cardíaca. Trata-se de um ruído que é ouvido pelo médico com o emprego do estetoscópio. O sopro tem diferentes características, o que dirige o médico a pensar em uma ou outra anomalia. Existe um tipo de sopro cardíaco que é bem suave e baixo, audível em aproximadamente 25-50% das crianças normais. As suas características permitem que o cardiologista pediátrico o caracterize como SOPRO INOCENTE. Nestes casos, embora o sopro esteja presente, o coração da criança é absolutamente normal. A tendência é deste ruído desaparecer ao longo da infância. Por outro lado, muitas cardiopatias congênitas, até mesmo as mais graves, podem se apresentar sem sopros cardíacos.

Cansaço: por vezes, a principal manifestação clínica da cardiopatia congênita é o cansaço. A criança tenta participar das atividades habituais mas se cansa mais rapidamente, não aguenta andar muito, subir escadas. No bebê, este cansaço é traduzido por respiração rápida, dificuldade para se alimentar com inúmeras interrupções na hora da mamada e excesso de suor na região da cabeça. Estas manifestações nos remetem a um possível diagnóstico de insuficiência cardíaca. Nesta situação, o coração apresenta um excesso de trabalho devido a presença do defeito congênito, gasta mais energia do que o habitual e não consegue suprir as necessidades maiores de fluxo sanguíneo durante os  esforços.

Baixo ganho de peso: as cardiopatias que cursam com insuficiência cardíaca repercutem de forma evidente no ganho de peso do bebê e da criança. Conforme o que já foi dito acima, o coração trabalhando de forma excessiva, consome mais energia e diminui a quantidade de calorias disponível para o crescimento e ganho de massa corporal. Crianças portadoras de cardiopatias congênitas que cursam com insuficiência cardíaca necessitam uma dieta reforçada. Existem alguns leites e substâncias que podem ser acrescentadas ao leite que aumentam a quantidade de calorias da dieta. Desta forma, mesmo que o bebê não consiga ingerir um volume de leite ideal, a pouca quantidade que ele recebe tem um poder energético maior.

Cianose: o termo cianose significa coloração arroxeada da pele e mucosas decorrente da baixa saturação periférica de oxigênio. Isto ocorre nas cardiopatias que cursam com mistura dos sangues rico em oxigênio, que acabou de chegar dos pulmões, com o pobre em oxigênio, que veio do corpo. As cardiopatias que cursam com cianose geralmente são mais complexas, e certamente necessitarão de algum procedimento corretivo, em geral cirúrgico.

Crise de hipóxia: ocorre quando a cianose se intensifica muito em pouco espeço de tempo. A saturação de oxigênio persistentemente baixa pode levar às sérias consequências clínicas. Nesta situação clínica grave, a criança fica molinha e pode até desmaiar ou convulsionar por falta de oxigênio no cérebro. É uma emergência médica e a criança deve ser encaminhada o mais rápido possível para o hospital sob o risco de ficar com sequelas neurológicas irreversíveis ou até evoluir a óbito. A principal anomalia que leva a crise de hipóxia é a Tetralogia de Fallot. Felizmente hoje em dia o diagnóstico das cardiopatias é mais precoce e o médico prescreve medicações e orienta o tratamento corretivo antes que as crises apareçam.

Arritmias: arritmias cardíacas são alterações do ritmo dos batimentos do coração. Elas podem ou não acompanhar as cardiopatias congênitas. O diagnóstico de uma cardiopatia congênita ocasionalmente pode ser realizado devido a presença de uma arritmia. Por outro lado, as arritmias podem ser decorrentes de outras doenças (metabólicas por exemplo) ou de alterações intrínsecas dos sistemas elétricos do coração. Neste último caso, necessita de tratamento específico.

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